segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Prêmio Margarida Alves de Estudos Rurais e Gênero

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Margarida Alves de Estudos Rurais e Gênero cuja proposta é estimular a produção de pesquisas no campo das Ciências Sociais, Humanas e Agrárias, além de registrar experiências e memórias das trabalhadoras rurais e contribuir para a formulação de políticas públicas, por meio do desenvolvimento do pensamento crítico e prático a respeito do tema da trabalhadora rural.

O prêmio é composto por quatro modalidades: ensaio acadêmico (inscrições até 31 de setembro); pesquisa-ação (inscrições até 31 de outubro), memória e acervo (inscrições até 31 de outubro) e pesquisa em nível de pós-graduação (edital será lançado pelo CNPq). As propostas deverão abordar as relações de gênero e desenvolvimento rural sustentável e solidário nos seguintes contextos: agricultura familiar; reforma agrária; comunidades tradicionais; políticas públicas; movimentos sociais; meios de comunicação comunitários; educação básica, fundamental e ensino superior; direitos sexuais e reprodutivos; meio ambiente e agroecologia; e violência contra a mulher.

A iniciativa é promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário [MDA], por meio do Programa de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia [PPIGRE], do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural [NEAD], do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária [INCRA], por meio da Coordenação-Geral de Educação do Campo e Cidadania da Diretoria de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento; e em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres [SPM], o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico [CNPq/MCT], a Associação Brasileira de Antropologia [ABA], a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências Sociais [Anpocs], a Sociedade Brasileira de Sociologia [SBS] e movimentos sociais de mulheres trabalhadoras rurais (CNMTR/Contag, MMC, MMTR/NE, MIQCB, FETRAF-Brasil, SME/CNS, Setor de Gênero/MST, Setor de Gênero/MPA).

Margarida Alves nasceu em 5 de agosto de 1943, em Alagoa Grande, na Paraíba. Em 1973, foi eleita presidente do Sindicato Rural local, função que exerceu sucessivamente até 1982. A sindicalista defendia os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo, pelo décimo terceiro salário, o registro em carteira profissional, a jornada diária de oito horas e as férias obrigatórias. Foi uma das fundadoras do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, cuja finalidade é, até hoje, contribuir no processo de construção de um modelo de desenvolvimento rural e urbano sustentável, a partir do fortalecimento da agricultura familiar. Sua atuação e liderança produziram grande repercussão, atraindo o ódio de latifundiários locais. Em 12 de agosto de 1983, Margarida Alves foi covardemente assassinada com um tiro no rosto, na frente de seu filho de 10 anos de idade. Dos cinco acusados de serem os mandantes do crime, apenas dois foram julgados e absolvidos.

Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (61) 2191-9869, (61) 2191-9845 ou (61) 2191-9849 e, ainda, por e-mail premiomargaridaalves@mda.gov.br ou no site www.mda.gov.br.

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