quinta-feira, 1 de julho de 2010

Política de Mudanças Climáticas de SP é regulamentada

Governo de São Paulo regulamenta lei que tem como meta a redução de 
20% da emissão de gases de efeito estufa até 2020, em todos os setores 
da economia

O governador do Estado de São Paulo, Alberto Goldman, assinou o 
decreto que regulamenta a Política Estadual de Mudanças Climáticas 
(PEMC). A cerimônia ocorreu no dia 24, no Palácio dos Bandeirantes.

A regulamentação é resultado da Lei nº 13.798, sancionada em novembro 
de 2009, que tem como meta a redução, em todos os setores da economia, 
de 20% da emissão de gases de efeito estufa até 2020, tendo por base o 
ano de 2005. A meta é quatro vezes mais rigorosa do que a definida no 
Protocolo de Kyoto.

O decreto cria e especifica as competências do Conselho Estadual de 
Mudanças Climáticas, que tem caráter consultivo e tripartite, com 
participação de representantes de órgãos governamentais, dos 
municípios e da sociedade civil, totalizando 42 componentes.

O conselho terá a atribuição de realizar audiências públicas para 
discutir questões relacionadas à mudança do clima, além de propor 
medidas de mitigação e adaptação.

O decreto cria também um comitê gestor, composto por membros de várias 
secretarias estaduais, que avaliará e monitorará o cumprimento da meta 
global e das metas setoriais e intermediárias, que serão definidas na 
comunicação estadual.

Cada secretaria terá as suas metas, responsabilidades e trabalhos. 
Faremos uma avaliação periodicamente para acompanhar a evolução dessa 
meta que queremos avançar, disse Goldman.

Até o fim do segundo semestre de 2010, o Inventário de Gases de Efeito 
Estufa do Estado de São Paulo, que será parte integrante da 
Comunicação Estadual, apresentará a base das emissões paulistas, 
possibilitando o cumprimento da meta prevista na lei.

O decreto institui ainda programas e planos voltados para a inovação 
tecnológica, energia, transporte, construção civil, educação ambiental 
e para ações emergenciais e mapeamento de áreas de risco, como o 
programa de crédito Economia Verde, que oferece recursos para 
entidades privadas na implementação de ações que reduzam as emissões 
de gases de efeito estufa.

Outro ponto importante é a definição dos critérios para elaboração da 
Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), que será incorporada nas 
políticas, planos e programas de governo, buscando o desenvolvimento 
sustentável, com revisão a cada cinco anos.

Pagamento por Serviços Ambientais

Também foram definidos os critérios do Zoneamento Ecológico-Econômico 
(ZEE), que visa à formulação de políticas de planejamento, ordenação e 
gerenciamento do território, de modo a convergir o desenvolvimento 
econômico com propostas de proteção e conservação ambiental.

Além disso, o secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, 
assinou a resolução que institui o Pagamento por Serviços Ambientais 
(PSA). A modalidade inicial prevista na resolução é a remuneração para 
produtores rurais que protegerem as nascentes dentro de suas 
propriedades, por um período de cinco anos.

O projeto, denominado de Mina D'Água envolve um município de cada uma 
das 22 bacias hidrográficas do Estado. Serão investidos cerca de R$ 
3,5 milhões do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição 
(Fecop).


(Agência Fapesp, 28/6)

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