quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Certificação de imóveis rurais pela internet


Uma audiência pública foi realizada no dia 14 de julho para se 
discutir a normatização do georreferenciamento de imóveis rurais. Como 
resultado, o vice-presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, 
Abastecimento Desenvolvimento Rural, Deputado Silas Brasileiro 
(PMDB-MG), informou que foi encaminhado documento ao presidente do 
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para que 
seja considerada a possibilidade de adiamento da certificação 
obrigatória dos imóveis rurais com área inferior a 500 hectares.


Segundo a Agência Câmara de Notícias, existem cerca de 4 milhões de 
imóveis rurais que se enquadram na exigibilidade do 
georreferenciamento, que será obrigatório para imóveis nestas 
condições a partir de 2011. O georreferenciamento é necessário para os 
casos de desmembramento, remembramento, parcelamento, transferência e 
nos casos de autos judiciais em que o imóvel rural é o objeto central 
da ação.


O Deputado Paulo Piau (PMDB-MG) afirmou que o Incra não tem estrutura 
suficiente para atender a demanda de certificações para imóveis com 
área menor de 500 hectares. Marcelo Cunha, coordenador geral de 
Cartografia do Instituto, disse que a situação está sob acompanhamento 
e, havendo necessidade, será solicitado o adiamento do processo de 
certificações. Há expectativa de que o envio de documentos seja 
realizado via internet, utilizando-se de uma rede integrada com os 
registros de imóveis e o uso da certificação digital.


GeoIncra


Na audiência, Marcelo Cunha falou sobre o artigo 176 da lei 6.015, 
que dispõe sobre os registros públicos no Brasil, e sobre a 
Constituição Federal, que trata da regularização de imóveis rurais. 
Ele também apresentou um histórico dos registros de imóveis no país, 
que, até 2001, eram totalmente literais e descritivos, sem 
apresentação de planta georreferenciada.


A partir da Lei 10267, de 2001, passou a ser exigida a apresentação ao 
Incra da planta georreferenciada para a emissão de uma certificação 
que comprove que seu imóvel não se sobrepõe a outro ou a áreas de 
conservação ambiental, reservas indígenas ou áreas quilombolas.


O coordenador do Incra também explicou a importância do 
georreferenciamento para as ações do Incra. O trabalho, que consiste 
na descrição dos limites geográficos de imóveis rurais para 
atualização da situação cartorial e cadastral da propriedade, traz 
segurança jurídica aos registros públicos neste país e auxilia o Incra 
no enfrentamento dos desafios que se apresentam com relação à 
regularização fundiária.


Segundo Cunha, vários avanços já foram feitos na área de regularização 
fundiária nos últimos anos. A informatização do acesso a certos 
processos como, por exemplo, a emissão do Certificado de Cadastro de 
Imóvel Rural (CCIR) é um deles.


Fonte: IRIB/Incra; 

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